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Vacina contra dengue começa a ser distribuída pelo SUS; veja quem pode ser imunizado

O Ministério da Saúde vai começa a distribuir nesta semana a vacina contra a dengue na rede pública de saúde. Nessa primeira fase, foram selecionados 521 municípios do país escolhidos em razão da alta incidência da doença. A organização das campanhas, incluindo datas, horários e pontos de vacinação, portanto, ficará a cargo dos governos estaduais e municipais. Será preciso conferir o cronograma com as prefeituras e as secretarias estaduais e municipais de saúde.

Em janeiro, foram registrados no país 243,7 mil casos de dengue, 3,7 vezes a mais quando comparado ao mesmo período de 2023, segundo informações do Ministério da Saúde. Na última sexta-feira, Minas Gerais e a cidade do Rio de Janeiro decretaram que vivem uma epidemia da doença.

Na primeira etapa do programa de imunização, o governo adquiriu 1,4 milhão de doses da vacina da Takeda para atender crianças de 10 a 14 anos, público mais atingido neste momento pela doença. Como cada paciente precisa de duas doses, serão 700 mil beneficiados nesse início de vacinação.

O ministério anunciou que, no SUS, o público-alvo, neste primeiro momento, vai incluir apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos. A decisão foi tomada em razão da quantidade limitada de doses a serem fornecidas pelo laboratório fabricante.

A Qdenga previne exclusivamente casos de dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como Zika, Chikungunya e febre amarela. Vale lembrar que, para a febre amarela, no Brasil, estão disponíveis duas vacinas: uma produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizada pela rede pública, e outra produzida pela Sanofi, utilizada pelos serviços privados de imunização e, eventualmente, pela rede pública.

O esquema completo da Qdenga é composto por duas doses, a serem administradas por via subcutânea com intervalo de 3 meses entre elas. Quem já teve dengue também deve tomar a dose. A recomendação, nesses casos, é especialmente indicada por conta da melhor resposta imune à vacina e também por ser uma população classificada como de maior risco para dengue grave.

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