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Com bairro afundando, Maceió paga R$ 8 milhões para a Beija-Flor com apoio de Arthur Lira

Com o enredo “Um delírio de Carnaval da Maceió de Rás Gonguila”, a capital de Alagoas, desembolsou R$ 8 milhões, para receber uma homenagem no Carnaval do Rio. O desfile aconteceu na madrugada da segunda-feira de Carnaval (12) e contou alagoanos ilustres, como o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP).

Lira desfilou ao lado do vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha (MDB), do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas e ao lado do bicheiro Aniz Abraão David, presidente de honra da Beija-Flor.

Aniz Abraão, patrono da escola, foi preso ao menos seis vezes, duas delas em 2007, quando foi deflagrada a Operação Hurricane, que mirou a cúpula da contravenção do Rio e membros do Judiciário que recebiam propina do grupo. A família de Anízio da Beija-Flor, como é mais conhecido o bicheiro, também controla politicamente Nilópolis. O atual prefeito, Abraãozinho (PL), é sobrinho de Aniz.

“Os governos realizam parcerias público-privadas, incentivam a cultura. Ninguém pode desconhecer que a escola de samba é um movimento democrático. Independentemente de como chegou até aqui, o carnaval é fundamental da cultura brasileira”, disse Lira, ao ser perguntado pela Folha de S.Paulo sobre a relação entre políticos e contraventores.

Em comunicado divulgado em maio do ano passado, quando foi publicado no Diário Oficial o termo de fomento firmado com a escola de samba carioca, a prefeitura de Maceió informou que os R$ 8 milhões desembolsados seriam “captado de recursos privados por meio de leis de incentivo, e possivelmente de emendas parlamentares, entre outras parcerias”.

A associação entre emendas parlamentares e Lira, assim como fotos de seu encontro com Anísio, levaram o nome do deputado à lista dos assuntos mais comentados nas redes sociais na manhã desta segunda-feira. O presidente da Câmara trava uma disputa com o Palácio do Planalto pelo controle das emendas parlamentares, que alcançaram o montante histórico de R$ 56 bilhões no orçamento de 2024.

Maceió afundando – Enquanto as autoridades alagoanas desfilam no Rio de Janeiro, a Defesa Civil de Maceió, afirmou no final do ano passado, que o ritmo de afundamento do solo da mina 18 da Braskem dobrou de velocidade. A mina fica no bairro de Mutange e o rebaixamento do terreno já chega a 2,24 metros.

Segundo o boletim da Defesa Civil, divulgado em dezembro de 2023, o bairro afundava 0,54 cm por hora. Esse já é considerado o maior crime ambiental em solo urbano em curso no Brasil e atinge 20% do território de Maceió (AL).

Com informações de Congresso em Foco e Brasil de Fato | Foto: Reprodução Instagram

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