A prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, usou as suas redes sociais para falar sobre a praia de Atafona, que na última segunda-feira foi, mais uma vez, notícia em todo o mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta sobre o oceano pacífico com base em um estudo sobre o nível médio global do oceano nos últimos 3.000 anos. O documento aponta que duas cidades do estado do Rio de Janeiro (a capital carioca e o distrito de Atafona, em São João da Barra) estão sob ameaça de inundações, com a possibilidade elevação do nível do mar em até 21 centímetros até 2050.
Carla Caputi afirmou que já existem licitações em andamento para a contratação de estudos técnicos que devem direcionar as ações do município. Segundo a mandatária sanjoanense, o município nao pode agir sozinho e depende, além dos estudos, da movimentação do govern federal. “Eu gostaria muito que São João da Barra, sozinha, pudesse resolver a situação de Atafona, mas infelizmente nao podemos. Além de precisar atuar junto aos governos estadual e federal, estamos lidando com a natureza, com o meio ambiente, não existe milagre ou varinha mágica que resolva esse problema”, destacou a prefeita, que reforçou a ideia de que somente novos estudos técnicos, atualizados, podem ajudar a localidade.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que produziu um dos documentos usados para fazer as estimativas da ONU, a taxa de aumento do nível do mar mais que dobrou na última década em comparação à anterior. A projeção mostrou que na cidade do Rio de Janeiro e em Atafona, o nível do mar subiu 13 centímetros entre 1990 e 2020 e que a estimativa é de, entre 2020 e 2050, essa medição aumentar em mais 16 centímetros (com margem de erro entre 12 e 21 centímetros).
O documento “Surging Seas in a warming world: the latest science on present-day impacts and future projections of sea-level rise” (Mares em elevação em um mundo em aquecimento: a ciência mais recente sobre os impactos atuais e as projeções futuras da elevação do nível do mar, em português), detectou que, além do Rio de Janeiro, essas alterações também ameaçam dezenas de megacidades costeiras em todos os continentes, incluindo – mas não se limitando a – Bangkok, Buenos Aires, Dhaka, Guangzhou, Jacarta, Lagos, Londres, Los Angeles, Miami, Mumbai, Nova Orleans, Nova York, Xangai e Tóquio.
“As ações climáticas e as decisões tomadas pelos líderes políticos e formuladores de políticas nos próximos meses e anos determinarão quão devastadores esses impactos se tornarão e quão rapidamente eles piorarão”, afirma o relatório.
Com informações de CNN Brasil