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Distrito de Atafona é novamente matéria especial em um site nacional

Na manhã desta terça-feira (24) o portal de notícias Uol, publicou uma extensa reportagem sobre o distrito de Atafona. Com o título: “A vida no distrito que vem sendo engolido pelo mar”, a matéria traz depoimentos e a situação da praia que vem sofrendo com a erosão costeira e o avanço das águas.

“Casas engolidas pela água, pescadores perdendo o sustento e um sentimento de insegurança sobre o futuro: tudo isso é uma constante em Atafona, pequeno distrito de São João da Barra”. Recentemente, Atafona ganhou novo destaque internacional ao entrar no mapa da ONU como um local vulnerável ao aumento do nível do mar.

Na região, o nível do mar já subiu 13 centímetros – e a previsão é que atinja média de 16 cm até 2050, podendo variar de 12 cm a 21 cm. O problema é impulsionado pelo aquecimento global e também está ligado a outros processos – naturais e por interferência humana – nas últimas décadas.

Sônia Ferreira, de 80 anos, afirma na matéria que perdeu duas casas em Atafona. Apesar disso, ela não se vê morando em outro lugar. “Desde os 8 meses de vida, vinha para Atafona porque meu avô tinha casa aqui. Criei uma memória afetiva muito grande com o lugar. Em 1997, após enfrentar um câncer, vim para cá buscando qualidade de vida. Aqui criei memórias com meus amigos e família durante toda a vida”, explicou na matéria.

Questões – O problema em Atafona não se deve exclusivamente ao aumento do nível do mar. Há pelo menos outros dois fatores que contribuem para o cenário: a geografia de Atafona e a diminuição da vazão do Rio Paraíba na foz do Atlântico – tendo esse último sido causado pela construção de barragens.

“Já houve processos erosivos semelhantes antes, mas na década de 1950 voltou a acontecer de forma acentuada com causas regionais e globais. A vazão do Rio Paraíba diminuiu por conta de barragem e transposição, trazendo menos água para a foz. Isso diminuiu a força hidráulica do rio e permitiu o avanço do oceano. O rio funciona como uma barreira para o avanço do mar. Globalmente, as ressacas estão mais intensas, e isso aumenta o nível do mar, causando mais erosão em uma região muito plana”, destacou o doutor em Geografia pela UFF e consultor técnico na CartoGeo, Gilberto Pessanha.

A matéria completa da jornalista Heloísa Barrense pode ser encontrada AQUI.

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